A Country of Castles

UM PAIS DE CASTELOS

Um dia nasceu Portugal e com ele castelos com estórias de guerra, aventura e romance.

No berço de Portugal – em Guimarães – foi erguido um castelo no sex. X para proteger os monges e freiras que aí viviam. No século seguinte, quando os pais do primeiro Rei de Portugal casaram, o pai da noiva, ofereceu-lhe o Condado Portucalense e com ele o castelo.

Palco do nascimento do nosso país, e do primeiro filho português que se revoltou contra a mãe, esta, adepta dos espanhóis em detrimento do seu povo que queria independência, este castelo traz-nos à memória a honra e o orgulho de sermos portugueses.

Mas Portugal tem registo de mais de quatrocentos castelos e estórias com história. Provavelmente o mais antigo castelo português, traz com ele a mais romântica e trágica história de amor. Um verdadeiro romance aos estilo Shakespeariano de Romeu e Julieta.

Conta a lenda do amor proibido de D. Pedro e Inês de Castro, que depois da morte da sua esposa, D. Constança, Pedro passou a viver maritalmente com Inês, o que foi uma afronta para a corte e para o rei, seu pai.

O Rei acreditava que o amor de Pedro e Inês era um assunto de estado, e que constituía um perigo para a independência nacional, ordenando assim o assassinato de Inês. Louco de dor, Pedro liderou uma revolta contra o rei, nunca perdoando o pai pelo assassinato do amor da sua vida. Quando assumiu a coroa, mandou prender e matar os assassinos de Inês, arrancando-lhes o coração, o que lhe valeu o cognome de “o Cruel”. Mais tarde, jurando que se havia casado secretamente com Inês de Castro, D. Pedro impôs o seu reconhecimento post mortem, como rainha de Portugal.

No nosso imaginário desde crianças, os castelos significam força, segurança, romance e aventura, e talvez o mais emblemático e misterioso castelo português, digno de comparação com as brumas de Avalon, é o Castelo de Almourol.

Erguido num afloramento de granito a 18 metros acima do nível das águas, numa pequena ilha no rio Tejo, evoca simultaneamente os primórdios do reino de Portugal e a Ordem dos Templários, transbordando um misto de mistério e romantismo.

Conta a lenda deste castelo, que um cavaleiro cristão quando regressava de combates contra os muçulmanos, encontrou duas mouras, mãe e filha. A jovem assustada, deixou cair a bilha quando o cavaleiro lhe pediu para beber água. Enfurecido, o cavaleiro de coração frio, mata as duas e aprisiona o irmão da vitima, que entretanto surgira em seu auxilio. O prisioneiro acabou por se apaixonar pela filha do cavaleiro, que estava prometida a um cristão. Os apaixonados, lutaram pelo seu amor e acabaram por fugir do castelo, desaparecendo na bruma do rio para sempre. Reza a lenda que, nas noites de São João, o casal enamorado pode ser visto abraçado no alto da torre de menagem.

Locais de príncipes e princesas, batalhas e cavaleiros, os castelos de Portugal são um marco da nossa história real que nos eleva a um sonho intemporal.

Links:
https://ue.missaoportugal.mne.gov.pt/pt/portugal/sobre-portugal/dados-gerais
https://gl.wikipedia.org/wiki/Lista_de_castelos_de_Portugal